terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ADEUS GRANDE DEÍFILO GURGEL - SILVIO CALDAS - SÓCIO DA UBE/RN.

SILVIO CALDAS

Adeus, grande Deífilo Gurgel

Autor: Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)

Faleceu hoje Deífilo Gurgel, uma das figuras culturais maiores do seu tempo no nosso Estado.
Contudo, o que tornava Deífilo uma grande personalidade não era tanto suas boas qualidades de poeta, escritor e folclorista. O que mais o distinguia eram suas qualidades humanas e humanistas propriamente ditas. Homem simples, modesto, educado, atencioso e atento.
Conheci Deífilo mais amiudamente em um único dia em que meu extinto e querido amigo Tico da Costa me levou para junto degustarmos uma autêntica feijoada nordestina na casa dele. Tocamos a tarde toda, graças a Deus. Afinal, Tico, além de ser amigo do dono da casa era seu conterrâneo, pois ambos nasceram em Areia Branca.
Na oportunidade Deífilo nos falou de seus planos futuros, principalmente em torno de dona Militana, ao mesmo tempo em que nos brindou com o recital de vários poemas de sua autoria.
Tarde inesquecível, embaixo de uma frondosa mangueira no quintal da residência dele.
Há pouco tempo recebi um telefonema de Deífilo pedindo-me uma orientação qualquer. Acho que foi a última vez que nos falamos.
Há pessoas a quem nos afeiçoamos logo da primeira vista. Ele tinha essa qualidade. Talvez pela própria simplicidade de sua figura.
Ultimamente Deífilo sofreu uma grande decepção. Que não se diga que morreu dessa contrariedade, pois ele não era homem de se deixar abater.
Contudo foi uma pena que Deífilo não tivesse concretizado seu último desejo, que era ver desfilar, em frente à sua casa, os diversos grupos folclóricos que emoldurou sua existência de folclorista e escritor. Mas acho que ele perdoou os incautos e desavisados que lhe negaram o mimo.
Adeus, grande Deífilo Gurgel.

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